Mais de mil e cem perguntas sobre Psiquiatria respondidas. Acesse o link: PERGUNTAS SOBRE TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS, TRATAMENTOS E EFEITOS COLATERAIS
Blog de Dr Ivan Mario Braun, psiquiatra e psicoterapeuta, com informações e curiosidades atuais sobre Psiquiatria, Psicologia e Comportamento.
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
O QUE É SÍNDROME DE BURNOUT?
A palavra estresse se origina, indiretamente, do latim stringere, que significa apertar, que deu origem ao termo francês arcaico "estresse" e, posteriormente, ao inglês stress, aportuguesado como estresse.(1)
Por volta de 1915, o fisiologista americano Walter Cannon descreveu a reação ao estresse como um comportamento de fuga ou luta, no qual o organismo de um animal, perante um perigo, preparava-se para fugir ou lutar e, em função disto, sofria várias alterações fisiológicas.(2)
Em 1936, o fisiologista húngaro Hans Selye, por sua vez, descreveu as reações do organismo ao estresse prolongado ("crônico"), na qual havia uma alteração inicial do funcionamento dos órgãos, mas numa segunda fase adaptativa, ele voltava praticamente ao normal. Se o estresse se prolongasse além desta segunda fase, ocorria um esgotamento da capacidade de adaptação e o organismo voltava a apresentar alterações, muitas vezes mais graves e duradouras que na primeira fase. (3,4)
Estressores são todos aqueles estímulos que desencadeiam esta série de reações adaptativas e, frequentemente, envolvem medo ou ansiedade. Assim, traumas graves como estupros, assaltos, grave violência física levam a reações de estresse (estresse pós-traumático)(5), mas formas mais brandas podem ser desencadeadas por rupturas amorosas, início de vida estudantil ou mesmo mudanças de residência.(5)
Quando o estresse se torna muito persistente, pode levar a uma reação de esgotamento que leva o nome de burnout. Este termo foi usado, neste contexto, pela primeira vez, pelo psicólogo alemão Freudenberger, em 1974. no sentido de "desgastar-se ou ficar exausto por demanda excessiva de energia, força ou recursos” (6).
Não há um consenso sobre quais os sintomas precisos do burnout, mas em geral são listadas manifestações como exaustão, redução do compromisso para com outras pessoas e com o trabalho, sintomas depressivos, agressividade, diminuição da compaixão pelo sofrimento e consequente despersonalização da relação com o paciente , no caso de profissionais de saúde (7).
Em virtude de sobrecarga de trabalho, dificuldades institucionais (deficiências de organização, falta de colaboração entre membros da equipe, falta de reconhecimento do trabalho), perfeccionismo excessivo e excesso de expectativas em relação a a si mesmo e outros fatores profissionais, muitos profissionais desenvolvem reações de burnout. Não há números exatos sobre a frequência de casos de burnout, em função de a definição da síndrome ser diferente, em estudos diferentes.
QUAL O TRATAMENTO DO BURNOUT?
O burnout não é uma doença propriamente dita, de modo que não há um tratamento específico. Mas existem evidências de que exercícios físicos aeróbicos (8), mindfulness (9) e técnicas cognitivo-comportamentais podem combater o burnout.
Mindfulness é o processo comportamental que leva a um estado em que a pessoa fica focada no momento presente. Ela tem base em atitudes de religiões orientais, onde a pessoa se observa, ao mesmo tempo que deixa de se envolver com suas emoções. Esta técnica tem se revelado útil em relação a sintomas ansiosos e depressivos, como forma de aliviá-los. Há várias técnicas de se atingir a mindfulness, desde exercícios respiratórios, passando por técnicas de relaxamento, até focar-se em sensações táteis como prestar atenção no contato que se tem com a cadeira em que você se senta ou mesmo mastigar atentamente uma uva passa. A ideia é que, quando a pessoa faz isto, deixa de se envolver com o redemoinho de emoções que levam ao sofrimento. Pode-se aprender mindfulness em cursos específicos ou mesmo livros.
As técnicas cognitivo-comportamentais envolvem entender o próprio comportamento, conhecendo os pensamentos e as emoções relacionadas a estes pensamentos e as consequências que eles trazem. Com base neste conhecimento, é possível adquirir um maior controle sobre as contingências que levam ao sofrimento. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) precisa ser feita através de profissional (psiquiatra ou psicólogo) habilitado.
QUAL O TRATAMENTO DO BURNOUT?
O burnout não é uma doença propriamente dita, de modo que não há um tratamento específico. Mas existem evidências de que exercícios físicos aeróbicos (8), mindfulness (9) e técnicas cognitivo-comportamentais podem combater o burnout.
Mindfulness é o processo comportamental que leva a um estado em que a pessoa fica focada no momento presente. Ela tem base em atitudes de religiões orientais, onde a pessoa se observa, ao mesmo tempo que deixa de se envolver com suas emoções. Esta técnica tem se revelado útil em relação a sintomas ansiosos e depressivos, como forma de aliviá-los. Há várias técnicas de se atingir a mindfulness, desde exercícios respiratórios, passando por técnicas de relaxamento, até focar-se em sensações táteis como prestar atenção no contato que se tem com a cadeira em que você se senta ou mesmo mastigar atentamente uma uva passa. A ideia é que, quando a pessoa faz isto, deixa de se envolver com o redemoinho de emoções que levam ao sofrimento. Pode-se aprender mindfulness em cursos específicos ou mesmo livros.
As técnicas cognitivo-comportamentais envolvem entender o próprio comportamento, conhecendo os pensamentos e as emoções relacionadas a estes pensamentos e as consequências que eles trazem. Com base neste conhecimento, é possível adquirir um maior controle sobre as contingências que levam ao sofrimento. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) precisa ser feita através de profissional (psiquiatra ou psicólogo) habilitado.
Referências bibliográficas:
(1) Harper D Online etymology dictionary (2019) Stress https://www.etymonline.com/word/stress , consultado em 03/02/2019
(2)Cannon W D Bodily Changes in Pain, Hunger, Fear, and Rage: An Account of Recent Researches Into the Function of Emotional Excitement (1915) https://books.google.com.br/books…(3) Selye H A syndrome produced by diverse nocuous agents Nature v. 138, p. 32 (1936)
(4) Selye H Forty years of stress research: principal remaining problems and misconceptions Br Med J v. 1383-92, 1950-https
(5) American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.
(6) Freudenberger HJ Staff burn-out J Soc Iss (1974) v. 50, p. 159-6
(7) Kaschka WP; Korczak D; Broich K Burnout: a fashionable diagnosis Dtsch Ärztebl Int (2011) 108(46); p. 781-7
(8) Naczenski LM, Vries JD, Hooff MLMV, Kompier MAJ. Systematic review of the association between physical activity and burnout. J Occup Health. 2017 Nov 25;59(6):477-494. doi: 10.1539/joh.17-0050-RA. Epub 2017 Oct 7. Review
(9) Gilmartin H, Goyal A, Hamati MC, Mann J, Saint S, Chopra V. Brief Mindfulness Practices for Healthcare Providers - A Systematic Literature Review. Am J Med. 2017 Oct;130(10):1219.e1-1219.e17. doi: 10.1016/j.amjmed.2017.05.041. Epub 2017 Jul 4. Review. PMID: 28687263
Imagem:
By Tânia Rêgo/Agência Brasil - http://agenciabrasil.ebc.com.br/briefing-sobre-cerimonia-de-encerramento-da-copa-america-brasil-2019?id=143409, CC BY 3.0 br, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=80192773
segunda-feira, 29 de julho de 2019
terça-feira, 23 de julho de 2019
VOCÊ FICA SEM PARAR PENSANDO EM SEUS PROBLEMAS E SE SENTE CADA VEZ PIOR?
O QUE SÃO AS RUMINAÇÕES QUE OCORREM NA DEPRESSÃO E NA ANSIEDADE GENERALIZADA? (clique neste link)
Imagem: Ramayana - Rama preocupado com sua esposa, Sita. By Chitra Ramayana by Ramachandra Madhwa Mahishi, Illustrated by Balasaheb Pandit Pant Pratinidhi, 1916 - https://tamilandvedas.com/2015/05/07/kiskindha-kanda-pictures-from-valmiki-ramayana/, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=57413790
sexta-feira, 19 de julho de 2019
COMO O PSIQUIATRA SABE QUAL A DOENÇA DO PACIENTE?
Imagem: By © José Luiz Bernardes Ribeiro, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=61486548
sexta-feira, 8 de março de 2019
QUEM ESFAQUEOU BOLSONARO É IMPUTÁVEL?
Uma das grandes questões quando ocorre um crime é se o suspeito está ou não em pleno uso de suas faculdades mentais. A resposta a esta questão traz uma série de implicações éticas, legais e práticas. Éticas, porque a noção de culpa está intimamente ligada à possibilidade do livre arbítrio, que está comprometida, na presença de doenças mentais graves; legais, porque a responsabilidade penal também está ligada à capacidade de uma pessoa ser responsabilizada por seus atos; práticas, porque a dela vai depender o tipo de pena aplicada, em caso de condenação
O QUE É O TRANSTORNO DELIRANTE? (LINK)
Imagem: By patrocinio online - YouTube, CC BY 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=72787395
sexta-feira, 1 de março de 2019
ESTRESSE E BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ESTRESSE E BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A palavra "estresse" se origina, indiretamente, do latim "stringere", que significa apertar, que deu origem ao termo francês arcaico "estresse" e, posteriormente, ao inglês "stress", aportuguesado como "estresse".(1)
Por volta de 1915, o fisiologista americano Walter Cannon descreveu a reação ao estresse como um comportamento de "fuga ou luta", no qual o organismo de um animal, perante um perigo, preparava-se para fugir ou lutar e, em função disto, sofria várias alterações fisiológicas.(2)
Em 1936, o fisiologista húngaro Hans Selye, por sua vez, descreveu as reações do organismo ao estresse prolongado ("crônico"), na qual havia uma alteração inicial do funcionamento dos órgãos, mas numa segunda fase adaptativa, ele voltava praticamente ao normal. Se o estresse se prolongasse além desta segunda fase, ocorria um esgotamento da capacidade de adaptação e o organismo voltava a apresentar alterações, muitas vezes mais graves e duradouras que na primeira fase. (3,4)
Estressores são todos aqueles estímulos que desencadeiam esta série de reações adaptativas e, frequentemente, envolvem medo ou ansiedade. Assim, traumas graves como estupros, assaltos, grave violência física levam a reações de estresse (estresse pós-traumático)(5), mas formas mais brandas podem ser desencadeadas por rupturas amorosas, início de vida estudantil ou mesmo mudanças de residência.(5)
Quando o estresse se torna muito persistente, pode levar a uma reação de esgotamento que leva o nome de "burnout". Este termo foi usado, neste contexto, pela primeira vez, pelo psicólogo alemão Freudenberger, em 1974. no sentido de "desgastar-se ou ficar exausto por demanda excessiva de energia, força ou recursos” (6).
Não há um consenso sobre quais os sintomas precisos do burnout, mas em geral são listadas manifestações como exaustão, redução do compromisso para com os clientes e o trabalho, sintomas depressivos, agressividade, diminuição da compaixão pelo sofrimento e consequente despersonalização da relação com o paciente (7).
E virtude de sobrecarga de trabalho, dificuldades institucionais (deficiências de organização, falta de colaboração entre membros da equipe, falta de reconhecimento do trabalho), perfeccionismo excessivo e excesso de expectativas em relação a a si mesmo e outros fatores profissionais, muitos profissionais de saúde desenvolvem reações de burnout. Não há números exatos, em função de a definição da síndrome ser diferente, em estudos diferentes. Entretanto, há pesquisas que constatam números como até 85% dos médicos praticantes (8), mais de 50% das nutricionistas (9) e 50% dos farmacêuticos (10) podem desenvolver reações de burnout. Numa grande síntese de estudos em enfermeiros, 38% manifestavam baixo nível no item de realização pessoal, 31% apresentaram alto grau de exaustão emocional e 24% tinham alta pontuação no item "despersonalização" (11).
O burnout leva a sofrimento para o indivíduo, mas é prejudicial também para os pacientes, pois está relacionado a um aumento dos erros médicos (12), falta de paciência e compaixão para com o paciente (13) e diminuição da dedicação ao trabalho (14). Assim, é muito importante que os profissionais de saúde se cuidem. Algumas atividades, tais como exercícios físicos (15) e mindfulness (16) podem combater o burnout. É importante também que as instituições de saúde criem um clima de colaboração e bom relacionamento, para prevenção (17).
Referências bibliográficas:
(1) Harper D Online etymology dictionary (2019) Stresshttps://www.etymonline.com/word/stress , consultado em 03/02/2019
(2)Cannon W D Bodily Changes in Pain, Hunger, Fear, and Rage: An Account of Recent Researches Into the Function of Emotional Excitement (1915) https://books.google.com.br/books…
(3) Selye H A syndrome produced by diverse nocuous agents Nature v. 138, p. 32 (1936)
(4) Selye H Forty years of stress research: principal remaining problems and misconceptions Br Med J v. 1383-92, 1950-https
(5) American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.
(6) Freudenberger HJ Staff burn-out J Soc Iss (1974) v. 50, p. 159-6
(7) Kaschka WP; Korczak D; Broich K Burnout: a fashionable diagnosis Dtsch Ärztebl Int (2011) 108(46); p. 781-7
(8) Rotenstein LS, Torre M, Ramos MA, Rosales RC, Guille C, Sen S, Mata DA. Prevalence of Burnout Among Physicians: A Systematic Review. JAMA. 2018 Sep 18;320(11):1131-1150. doi: 10.1001/jama.2018.12777. Review. PMID: 30326495 http://www.scielo.br/pdf/epsic/v14n3/a05v14n3
(9) Gingras J, de Jonge LA, Purdy N. Prevalence of dietitian burnout. J Hum Nutr Diet. 2010 Jun;23(3):238-43. doi: 10.1111/j.1365-277X.2010.01062.x.
(10) Jones GM, Roe NA, Louden L, Tubbs CR. Factors Associated With Burnout Among US Hospital Clinical Pharmacy Practitioners: Results of a Nationwide Pilot Survey. Hosp Pharm. 2017 Dec;52(11):742-751. doi: 10.1177/0018578717732339. Epub 2017 Sep 27 PMID: 29276254
(11) Molina-Praena J, Ramirez-Baena L, Gómez-Urquiza JL, Cañadas GR, De la Fuente EI, Cañadas-De la Fuente GA. Levels of Burnout and Risk Factors in Medical Area Nurses: A Meta-Analytic Study.
Int J Environ Res Public Health. 2018 Dec 10;15(12). pii: E2800. doi: 10.3390/ijerph15122800.
(12) Hall LH, Johnson J, Watt I, Tsipa A, O'Connor DB. Healthcare Staff Wellbeing, Burnout, and Patient Safety: A Systematic Review. PLoS One. 2016 Jul 8;11(7):e0159015. doi: 10.1371/journal.pone.0159015. eCollection 2016. Review.
(13) Sinclair S, Raffin-Bouchal S, Venturato L, Mijovic-Kondejewski J, Smith-MacDonald L. Compassion fatigue: A meta-narrative review of the healthcare literature Int J Nurs Stud. 2017 Apr;69:9-24. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2017.01.003. Epub 2017 Jan 12. Review. PMID: 28119163
(14) Dewa CS; Loong D; Bonato S; Thanh NX; Jacobs Ph How does burnout affect physician productivity? A systematic literature review BMC Servi Res 2014 (10p.)
(15) Naczenski LM, Vries JD, Hooff MLMV, Kompier MAJ. Systematic review of the association between physical activity and burnout. J Occup Health. 2017 Nov 25;59(6):477-494. doi: 10.1539/joh.17-0050-RA. Epub 2017 Oct 7. Review
(16) Gilmartin H, Goyal A, Hamati MC, Mann J, Saint S, Chopra V. Brief Mindfulness Practices for Healthcare Providers - A Systematic Literature Review. Am J Med. 2017 Oct;130(10):1219.e1-1219.e17. doi: 10.1016/j.amjmed.2017.05.041. Epub 2017 Jul 4. Review. PMID: 28687263
(17) Bronkhorst B, Tummers L, Steijn B, Vijverberg D. Organizational climate and employee mental health outcomes: A systematic review of studies in health care organizations. Health Care Manage Rev. 2015 Jul-Sep;40(3):254-71. doi: 10.1097/HMR.0000000000000026. Review.
(2)Cannon W D Bodily Changes in Pain, Hunger, Fear, and Rage: An Account of Recent Researches Into the Function of Emotional Excitement (1915) https://books.google.com.br/books…
(3) Selye H A syndrome produced by diverse nocuous agents Nature v. 138, p. 32 (1936)
(4) Selye H Forty years of stress research: principal remaining problems and misconceptions Br Med J v. 1383-92, 1950-https
(5) American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.
(6) Freudenberger HJ Staff burn-out J Soc Iss (1974) v. 50, p. 159-6
(7) Kaschka WP; Korczak D; Broich K Burnout: a fashionable diagnosis Dtsch Ärztebl Int (2011) 108(46); p. 781-7
(8) Rotenstein LS, Torre M, Ramos MA, Rosales RC, Guille C, Sen S, Mata DA. Prevalence of Burnout Among Physicians: A Systematic Review. JAMA. 2018 Sep 18;320(11):1131-1150. doi: 10.1001/jama.2018.12777. Review. PMID: 30326495 http://www.scielo.br/pdf/epsic/v14n3/a05v14n3
(9) Gingras J, de Jonge LA, Purdy N. Prevalence of dietitian burnout. J Hum Nutr Diet. 2010 Jun;23(3):238-43. doi: 10.1111/j.1365-277X.2010.01062.x.
(10) Jones GM, Roe NA, Louden L, Tubbs CR. Factors Associated With Burnout Among US Hospital Clinical Pharmacy Practitioners: Results of a Nationwide Pilot Survey. Hosp Pharm. 2017 Dec;52(11):742-751. doi: 10.1177/0018578717732339. Epub 2017 Sep 27 PMID: 29276254
(11) Molina-Praena J, Ramirez-Baena L, Gómez-Urquiza JL, Cañadas GR, De la Fuente EI, Cañadas-De la Fuente GA. Levels of Burnout and Risk Factors in Medical Area Nurses: A Meta-Analytic Study.
Int J Environ Res Public Health. 2018 Dec 10;15(12). pii: E2800. doi: 10.3390/ijerph15122800.
(12) Hall LH, Johnson J, Watt I, Tsipa A, O'Connor DB. Healthcare Staff Wellbeing, Burnout, and Patient Safety: A Systematic Review. PLoS One. 2016 Jul 8;11(7):e0159015. doi: 10.1371/journal.pone.0159015. eCollection 2016. Review.
(13) Sinclair S, Raffin-Bouchal S, Venturato L, Mijovic-Kondejewski J, Smith-MacDonald L. Compassion fatigue: A meta-narrative review of the healthcare literature Int J Nurs Stud. 2017 Apr;69:9-24. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2017.01.003. Epub 2017 Jan 12. Review. PMID: 28119163
(14) Dewa CS; Loong D; Bonato S; Thanh NX; Jacobs Ph How does burnout affect physician productivity? A systematic literature review BMC Servi Res 2014 (10p.)
(15) Naczenski LM, Vries JD, Hooff MLMV, Kompier MAJ. Systematic review of the association between physical activity and burnout. J Occup Health. 2017 Nov 25;59(6):477-494. doi: 10.1539/joh.17-0050-RA. Epub 2017 Oct 7. Review
(16) Gilmartin H, Goyal A, Hamati MC, Mann J, Saint S, Chopra V. Brief Mindfulness Practices for Healthcare Providers - A Systematic Literature Review. Am J Med. 2017 Oct;130(10):1219.e1-1219.e17. doi: 10.1016/j.amjmed.2017.05.041. Epub 2017 Jul 4. Review. PMID: 28687263
(17) Bronkhorst B, Tummers L, Steijn B, Vijverberg D. Organizational climate and employee mental health outcomes: A systematic review of studies in health care organizations. Health Care Manage Rev. 2015 Jul-Sep;40(3):254-71. doi: 10.1097/HMR.0000000000000026. Review.
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